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domingo, 1 de maio de 2011

domingo, 1 de maio de 2011

Obsolescência Programada

   Saudações, protetores! Gabriel é um protetor que saiu do interior para estudar na capital e teve que morar sozinho. Ele comprou uma geladeira e outros eletrodomésticos que qualquer um de nós precisa para viver. Todos os anos ele passa férias no interior, com a família. No terceiro ano que fez isso, teve uma surpresa bem desagradável quando voltou para a cidade onde estuda: sua geladeira havia estragado durante as férias.

"Putz, que fedor!"
   Com carne e outros alimentos dentro, o curto tempo de férias já bastou para infestar a casa com o terrível cheiro de decomposição. Fora da garantia, a autorizada da marca fez o orçamento para trocar as peças que haviam estragado. Tudo bem que o conserto sairia caro, mas o pior mesmo era o cheiro insuportável, que não tinha Gaia que o fizesse melhorar. Não deu outra, teve de comprar uma geladeira nova e descartar a “velha”.

   Gabriel é um protetor que teve pouca sorte com o produto comprado. Mas histórias como essa não se restringem a ele, e muito menos a geladeiras. Para quem nunca ouviu falar, o acontecido é apenas mais um caso de obsolescência programada. Em outras palavras: um produto que foi projetado para o descarte.

   Esta prática, retratada até mesmo em música dos Engenheiros do Hawaii (vide clipe abaixo), é muito comum nas indústrias que produzem eletrônicos. Visto que as vendas não aumentam como o esperado, a “solução” é fazer os produtos durarem cada vez menos, se modernizarem cada vez mais rápido e serem cada vez mais difíceis e caros de serem consertados. Solução entre aspas, porque isso é, na verdade, uma completa falta de respeito com o consumidor e, principalmente, com o ambiente.


   Repare como os eletrodomésticos dos seus avós, tirando a modernidade, ainda funcionam como 30 anos atrás. Já a pobre geladeira do nosso amigo, não durou nem três anos. E os eletrônicos menores, então? Celulares hoje são trocados quase na mesma proporção com na qual cortamos o cabelo. Isso só pode ser coisa do Capitão Poluição!
À natureza retornarás...

   E sabe de onde vão tirar matéria prima para fabricar tanta quinquilharia? Isso mesmo: de nossas florestas, nossos rios, nossos oceanos e todos os lugares onde a vida ainda prospera sem intervenção humana. Ainda.

   Mas na verdade nem tudo está perdido. Em diversos países já ponderam leis que obrigam o recolhimento de eletrônicos estragados ou quebrados pelas próprias fabricantes. A ideia desta medida é que, com o recebimento de tanta bugiganga imprestável, as marcas tendam a se preocupar mais em reutilizar os materiais (reciclar) e em tornar seus produtos modulares, de forma que pequenas peças possam ser facilmente substituídas.

"Ordem e progresso", onde ficam?
   Tudo muito bonito, mas não no Brasil. Um país onde as pessoas mal conhecem (isso SE conhecem) seus direitos como consumidores, esta moda ainda pode demorar a pegar. Afinal, para que pegue ainda teríamos que torcer que um “Tiririca da vida” crie uma lei deste tipo. Até porque, é na mão de pessoas assim a quem estamos entregando o destino do nosso Planeta. Portanto, protetores, nos preparemos para trocar cada vez mais rápido de geladeira...

   A marca da geladeira que quebrou na casa do Gabriel foi omitida por razões óbvias. Mas neste link você pode conferir o texto que ele próprio escreveu sobre o incidente para o site ReclameAqui. Este site é muito útil, onde você pode hospedar suas críticas sobre alguma marca e, na maioria das vezes, ela mesma entra em contato para lhe responder. E, diga-se de passagem, a marca da geladeira em questão está dentre as mais citadas por lá. Não hesite em fazer sua reclamação por lá e, quando a fizer, avise o Capitão Planeta! O poder é de vocês!
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