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sexta-feira, 6 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Novo Código Florestal

Dessa vez o Top Trend é
importante pra valer, garotinho...
   Saudações, protetor! Se você entrou no Twitter esta semana, muito provavelmente se deparou com uma hashtag que esteve entre as mais comentadas pelos usuários da rede social por quase dois dias: o #votepelasflorestas. Diferente de outros TT’s (vide #chupacruzeiro , #chupafelipao, e outros do gênero), esta expressão merece destaque e é nosso dever de protetor discuti-la.

   O que está acontecendo é que o Código Florestal Brasileiro, em vigor desde 1934, está em xeque. Os principais interessados na mudança do Código são (adivinhem) os ruralistas, que alegam falta de base científica nas leis impostas por ele e, claro, querem reduzir as áreas de preservação ambiental para transformá-las em plantio. Já os ambientalistas, do lado oposto da briga, emendam que o Código está muito bem atualizado, obrigado. E que ninguém deveria alterá-lo, mesmo este sendo tão antigo.

Marina foi uma das protetoras que não
gostou nem um pouco da ideia...
   Na minha humilde opinião de herói, sempre acho que, em se tratando de ética, tudo que é mais “atual” na verdade está mais errado. E não por acaso, nesta questão isso também acontece. Vejamos por quê. O Código Florestal vigente tem por objetivo proteger áreas de risco e preservar parcelas da vegetação nativa em algumas propriedades especificadas. E todas as obrigações previstas por lá tem vantagens cientificamente provadas, tais como garantir a qualidade das fontes de água e prezar pela biodiversidade local.

   Segundo este, inclusive, a apropriação urbana de áreas de risco como, por exemplo, encostas íngremes de morros e beiras de rios são ilegais... Opa! Espera aí: ilegais? Ah, então quer dizer que se obedecêssemos o Código Florestal muitas mortes e tragédias relacionadas a deslizamentos e enchentes (como as que anualmente ocorrem no RJ) poderiam ter sido evitadas? Não é novidade pra nenhum protetor que a resposta pra essa pergunta é sim.

   Um certo Aldo Rabelo (Deputado Federal-SP, relator das alterações no Código) deve ter pensado esses dias: “Pessoas moram em ocupações ilegais e estão morrendo e prejudicando o meio ambiente por causa disso... Proprietários rurais tem ocupações de plantio fora da lei e dentro de regiões de proteção...”. E depois de relacionar que tudo isso é culpa da falta de fiscalização e incentivos do Governo, adivinha que ideia genial ele teve... Não, não foi aumentar a fiscalização e auxiliar as famílias mal abrigadas. Foi simplesmente ALTERAR O CÓDIGO FLORESTAL!
Grande proposta, hein, campeão? #ironia

   Agora, segundo a nova proposta, não seria mais ilegal ocupar áreas de risco, nem mesmo preservar “tanta” área das propriedades e encostas dos rios. Pra que, né? Assim é muito mais fácil: tira a culpa das tragédias das costas do Governo, alegra os proprietários rurais (somente os grandes, é lógico), e aumenta a produção agrícola. “Caramba, e se der certo até impostos podemos cobrar dos favelados do morro!”, e muitos deram parabéns a Rabelo, que deve ser íntimo do Capitão Poluição, só pode!

   Bom, vamos com calma... Você já deve ter reparado que este problema é dos grandes, não? Por isso mesmo, anteontem (dia 4 de maio) a mudança do Código não foi aprovada, devido à falta de acordo entre as principais partes envolvidas na questão: ambientalistas x ruralistas. A decisão ficou para o dia 10 (próxima terça-feira), quando a Câmara dos Deputados vai avaliar prováveis modificações que devem ocorrer no novo Código e #votarpelasflorestas ou #votarpelosinteresses.

   No site Avaaz, você pode encaminhar sua insatisfação com o tema diretamente para o email dos Deputados. Lá tem pronto um texto que demonstra sua insatisfação sobre o tema, para o caso de você estar em choque e não conseguir escrever direito neste momento. Participe. Até lá, #oremos!
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