Saudações, protetores! Há um tempo, falei sobre um pecado que as companhias aéreas estavam cometendo, a geração desnecessária de lixo. Hoje, porém, meu intuito é de fazer as pazes com elas, em especial a TAM. Novamente eu estava cansado de voar por conta própria e embarquei recentemente em uma aeronave da empresa. Mas ao contrário da outra oportunidade, o que vi durante este voo foi uma ideia simplesmente genial. Parece que eles estão finalmente cortando relações com o Capitão Poluição, tratando de substituir o combustível convencional por bioquerosene.
O novo combustível é composto por uma mistura de 50% de querosene (que já era utilizada) e 50% de óleo de pinhão manso. Este óleo é capaz de emitir entre 65 e 80% menos carbono quando comparado com a querosene normal. Além de reduzir a dependência de petróleo da aviação brasileira, a escolha da nova matriz energética foi muito bem pensada por outros fatores sustentáveis: o pinhão manso é uma planta brasileira que não é comestível, utiliza pouca água para o cultivo e é característica de regiões do cerrado, onde a fertilidade do solo não é das melhores. Por isso, o óleo que compõe o novo combustível pode ser obtido sem concorrer com espaços cultiváveis e poupando muito mais água do que plantações de cana-de-açúcar, utilizadas para produção de etanol, por exemplo. A empresa até já testou a técnica, em novembro. O primeiro voo de teste da companhia utilizou a bioquerosene em uma das turbinas de um Airbus A320 e foi um sucesso!
Mansinho, mansinho... |
Porém, uma das preocupações atuais é a baixa disponibilidade de áreas de cultivo do pinhão manso. Para suprir a demanda das companhias aéreas seria necessário que os atuais 60 mil hectares que cultivam a planta se tornassem 750 mil, objetivo previsto somente para 2020. Até lá, a ideia é ir adicionando pequenas quantidades do óleo vegetal à querosene derivada do petróleo e ir aumentando esta quantia ao passo que o cultivo da planta também cresce no País. Estima-se que, com uma mistura de 10% do óleo do vegetal, já seja possível suprir todo mercado brasileiro de aviação.
Esta inovação pode estar representando uma nova era, protetores. Uma era em que a indústria de todos os tipos de meios de transporte está de fato se preocupando com o impacto ambiental que ela causa. Incluindo a indústria aérea, responsável por uma das frotas que mais emite carbono no Planeta. Basta ver como a TAM está engajada no projeto, não se limitando aos investimentos com a pesquisa do biocombustível, mas também participando do desenvolvimento de toda cadeia produtiva do pinhão: desde o seu cultivo, estimulando produtores rurais, até o refino do óleo vegetal. Olhem só que compromisso... Por esta, nosso terrível vilão Zarm não esperava.
E você, protetor, o que achou do novo combustível desenvolvido pela aviação brasileira? Comente aqui embaixo! O poder é de vocês!
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