Reciclagem que Vem de Casa

   Boa tarde, protetores! Muitas pessoas me perguntam sobre qual o destino devemos dar ao lixo doméstico. Muitas vezes, ainda não sabem se a separação dos resíduos faça mesmo a diferença na preservação do meio ambiente. Essa questão é muito delicada ainda no Brasil, visto que o processo de coleta seletiva ainda não assumiu a forma que nós, protetores, gostaríamos.

É colorido e tal, mas não tá aí pra bonito!

   E essa preocupação é bem válida. Dados de dois anos atrás indicam que apenas 14% da população brasileira estavam efetivamente participando de algum processo de coleta seletiva. Os principais fatores que impedem sua rápida inserção no cenário brasileiro são os que estamos carecas de saber: preços elevados (a coleta seletiva custa cerca de cinco vezes mais caro do que a normal), informalidade na coleta e a falta de interesse da engenharia (que poderia disponibilizar soluções para o problema).

   No entanto, eu lhes trago hoje uma notícia que possivelmente irá revolucionar este triste panorama do nosso país. Na quinta-feira passada, um projeto de lei que regulamenta a lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos e que tramitava há 21 anos pelo Congresso foi finalmente sancionado pelo presidente Lula. O decreto prevê multas de até R$ 500 aos moradores que não praticarem a separação de lixo em orgânico e seco e não disponibilizá-los adequadamente para coleta. Entre outras novidades, ainda está a proibição de criação de lixões a céu aberto e a criação da política logística reversa. A obrigação de recolher embalagens usadas e a famosa política de “take back”, já discutida no artigo A Hitória dos Eletrônicos, deverão sair finalmente do papel nas empresas brasileiras (ALELUIA!). A multa para quem desrespeitar essas medidas pode chegar aos simplórios R$ 10 milhões. Ouviu, Capitão Poluição?   

   
   Este é um importante passo rumo a um futuro mais ecológico, e, me arrisco a dizer, que muito em breve esta lei se estenderá também à separação doméstica por tipo de material. Além de ser uma medida que “obriga” a conscientização popular sobre o assunto, ela ainda contribui para um desenvolvimento mais sustentável do país e economiza muito do capital que seria investido em triagem (processo de separação manual dos tipos de lixo para posterior reciclagem). Portanto, fique atento para a separação do lixo na sua casa. Muitos protetores podem estar cansados de saber, mas sempre vale relembrar como se identificar cada tipo de lixo:

Seco Resíduos inorgânicos, passíveis de reciclagem	Orgânico Resíduos de origem vegetal e animal
Exemplos Papéis, jornais, revistas e papelão (limpos) Latas de alumínio Garrafas e vidros Plásticos, embalagens, sacolas e tecidos.	Exemplos Papéis sujos e engordurados Restos de comida Folhas e sementes Destino: aterros sanitários.

   Protetores, é muito fácil seguir uma maneira ecologicamente correta de descartar nosso lixo doméstico. O problema que ainda aflige nosso país é, infelizmente, a falta de informação dos moradores. Algumas cidades, nos últimos anos, chegaram a desistir dos programas de coleta seletiva devido ao desrespeito dos cidadãos por não separarem o lixo adequadamente. O jornal Zero Hora apontou no mês passado Porto Alegre como uma delas. Hoje, muitas das lixeiras coloridas nos parques públicos e pontos turísticos da cidade são apenas enfeite (pare pra pensar!). Portanto, vamos fazer nossa parte! Comecemos em casa, ensinando os parentes, divulgando a nossos amigos. Toda e qualquer forma de conscientização é válida nesta altura do campeonato. E não se esqueçam, o poder é de vocês!

   Vale conferir o site do Bem Simples, que procura orientar de forma bem bacana quanto ao descarte do lixo doméstico! Leia mais sobre a lei aprovada recentemente, aqui. 


   Como você costuma fazer a separação do lixo em sua casa? Tem alguma dica? Deixe um comentário aqui embaixo, protetor. O Planeta agradece!

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